top of page

Você nem imagina

  • Foto do escritor:  Lara Beatriz
    Lara Beatriz
  • 4 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

Depois de toda a minha existência nessa eternidade chamada mundo, eu deposito meus olhares profundos em pequenas coisas. De como o amor pode se manifestar de diferentes formas e com diferentes pessoas. Porque o amor não é regra, ele é uma consequência da ligação da busca por nossa outra metade que achamos que está tão longe e é inalcançável. Por que nós só queremos amar o difícil? Por que o amor tem que ser solidificado?

Platão e Zygmunt Baumam parecem ter algum efeito dos seus inúmeros pensamentos sobre mim. Sempre nos sentimos incompletos e parece natural buscar outra pessoa no mundo, quando na verdade só estamos seguindo o que muitas pessoas veem fazendo a gerações. Eu não sei por que percebo essas coisas. Para mim parece tão obvio que a nossa existência é negada a felicidade. Zygmunt diz que a nossa busca pelo par perfeito é ilusória, sempre que estamos com alguém procuramos algum jeito de acabar com aquilo com a desculpa de não ter achado o companheiro perfeito; As pessoas vivem em uma época de incertezas, é difícil entregar o amor à outra pessoa que está em um momento variável. Nós sentimos medo. Medo de ficarmos sozinho, medo de sermos julgados pelo que ainda não fizemos e tratamos o amor com um presente em que temos que escolher alguém para dar e essa pessoa tem que guarda-lo e ser pra sempre seu porque você o escolheu. Platão estende a nossa burrice ao que a gente chama de frases filosoficamente românticas. Ele joga na nossa cara que o que nós buscamos é algo líquido, mas nós entendemos que estamos buscando algo sólido. Ele é tão esperto. “Amor é apenas o nome do desejo e da busca pelo todo”

Estou escrevendo isso para mim. Para que eu entenda do ponto de vista da minha própria terceira pessoa que o amor é invisível – como uma ponte de hidrogênio, - que ele existe, mas é apenas uma fumaça pairando no universo ao nosso lado e das coisas e pessoas com que olhamos e sentimos que metaforicamente encontramos algo que nos torna completos. Depois de assistir a todos os filmes de romance da vida e lê todos os livros de romance da vida eu percebi que não sabemos nada do amor: o personagem ama, se afasta e depois percebe quase que imediatamente que não pode viver sem a outra pessoa, ou como quando um deles morre e o outro sufoca todo o amor que guardava para ele, ou quando compara a sua vida amorosa com alguma canção da Taylor Swift, como eu. Todo esse tempo eu estive me perguntando sobre por que existimos? Ou Quem criou o universo? E Deus existe? Quando na verdade a maior pergunta de todos os tempos que deveríamos estar fazendo é O que é o amor?

Tentar entender torna tudo mais confuso. Assisti ao filme Você Nem Imagina e do nada eu comecei a pensar em milhares de coisas e de como colocamos os padrões onde não deveriam existir. Como o sentimento é sentido, como ele é expresso e como ele não precisa possuir para se ter. O amor sempre foi livre para mudar e vagar. O amor está em nossas famílias que nos ajudam e cuidam da gente, o amor está em livros e em colecionar canetas coloridas, o amor está presente em se expressar em uma pintura, nas mãos dadas com o namorado (a) na escola, está em passar batom no espelho e tirar fotos porque você está se sentindo realmente bonita, nas palavras que você diz que anima outras pessoas, nos professores dando aula, no seu cachorrinho lambendo a sua mão, quando você faz alguém sorrir ou quando você simplesmente faz um vídeo chamada com os seus amigos por estar com saudades. Esse é o ponto: a saudade é o preço que você paga por amar. Não sei quem disse isso, mas está aberto a créditos e parabéns por essa frase porque nunca vi nada mais lógico. Depois de todo esse texto expositivo você ainda não sabe exatamente o que o amor é porque ele é aquilo que você faz com ele. Você o leva para todos os lugares dentro de você e parece que ele nem estar lá, pois ele é tímido e paciente. Ele se manifesta nos pequenos atos das nossas vidas; na importância que a gente dá para as simples coisas do dia-a-dia e você nem imagina... divirta-se com o amor, porque ele é bom.

Com amor,

Lara Beatriz.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
Entrei em uma Liga Acadêmica

Definitivamente a graduação de enfermagem não se parece em nada com “Grey´s Anatomy”. Apesar de eu citar um episódio da série em todas as...

 
 
 
A pandemia da COVID-19 e o capitalismo

Não é novidade para ninguém o desequilíbrio existente entre as relações da espécie humana e a natureza. Devido ao crescimento demográfico...

 
 
 

Comentários


Post: Blog2_Post
bottom of page